terça-feira, 18 de maio de 2010

Último dia nas Praias

A pouco mais de 10 minutos de distância a partir do nosso quartel-general são várias as praias à disposição. A da Lagoa de Santo André, é especialmente indicada para quem viaja com crianças pequenas devido à tranquilidade das suas águas. Já a das Areias Brancas, de mar batido e sem infra-estruturas de apoio ou vigilância, é frequentada essencialmente por pescadores ou nudistas. O meio-termo entre a algazarra estival e o recolhimento absoluto fica na Praia de Melides. Com um dos areais mais extensos do país, é bem conhecida dos praticantes de surf, bodyboard e parapente, que encontram na Vigia, o melhor spot para se lançar para voos de pura contemplação.

Com o apetite em ponto de rebuçado, desta vez rumo ao Cercal para almoçar no restaurante que os proprietários do Hotel Santiago do Cacém apelidam de “Gambrinus alentejano”. Em seguida optamos por uma volta ao centro histórico da vila. Ao contrário do que é habitual, este não se desenvolve à volta da igreja, mas encontra-se disperso por ruas sinuosas, em ligação directa às terras de cultivo, que apenas os mais idosos parecem cuidar. A despedida faz-se na loja do senhor Godinho (Rua Teófilo Braga, 102), artesão polivalente que idealiza e confecciona, há mais de 50 anos, malas de homem e senhora, cintos, tapetes e uma panóplia de artigos ligados ao quase extinto mundo rural.
É, aliás, esta temática que nos leva até à aldeia de Abela, onde foi recentemente inaugurado o Museu do Trabalho Rural, um espaço que visa preservar a identidade e as memórias de um povo que em tempos viveu apenas da pecuária, montado e agricultura.

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